
Na comemoração de gol, gesto de jogadores do Inter contra o racismo. Ao centro, Edenilson envolvido em suposto caso de racismo. SCI/Divulgação
É difícil mudar uma cultura? Creio que sim, é bem difícil destruir raízes que estão encravadas há séculos.
Quando se fala de racismo, essa realidade se traduz na metáfora acima. Em qualquer setor da sociedade fica claro que a cor da pele ainda é um problema grande para grande parte das pessoas.
Um desses setores que não escapa desta triste realidade é o esporte.
Nos últimos dias e meses, vimos um aumento em escala gigantesco de casos de injúria racial e racismo em diferentes modalidades, com casos mais latentes no futebol.
São situações inaceitáveis: palavras, gestos, cânticos com expressões que remetem a discriminação. Essas posturas fazem com que os amantes do esporte, que têm consciência e aceitam a igualdade entre as pessoas, pensem em desistir do ser humano.
Isso, pelo menos, é o que eu pensei com os últimos casos. As situações ocorrem com tanta naturalidade por parte desses discriminadores que parece que nunca vai mudar.
É preciso ser feito algo de concreto, com punições severas, que realmente aqueles que praticam esses crimes sofram consequências duras para que, aquilo que fizeram a vida toda contra pessoas iguais a eles, sirva de lição e mude de vez o pensamento e os atos dessas pessoas.
Sinceramente: não acredito que isso possa acontecer.
Infelizmente, não vejo uma mudança a curto prazo, mas pelo menos espero que esses criminosos sejam cada vez mais expurgados do convívio em sociedade.