
Pessoas privadas de liberdade atuam na limpeza de escolas atingidas pela enchente no Vale do Taquari. Jonathan Silva/Ascom Susepe
As chuvas intensas que causaram enchentes e deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas provocaram 47 mortes no Rio Grande do Sul.
Conforme o balanço da Defesa Civil até as 18 horas desta terça-feira (12), foram confirmados 47 óbitos.
Já o número de desaparecidos foi atualizado - e sofreu uma grande alteração. Até ontem, se estimava em 46 o número de desaparecidos em razão dos primeiros registros.
Com uma atuação mais eficiente e presente de servidores da Polícia Civil, atuando com o cruzamento de diversas informações, este número foi reduzido para nove desaparecidos. As buscas seguem pela terra e também no rio, com ajuda de mergulhadores. A informação foi confirmada pelo vice-governador, Gabriel Souza.
Pessoas resgatadas: 3.130
Municípios afetados: 98
Desabrigados: 4.794
Desalojados: 20.517
Afetados: 342.605
Feridos: 925
APENADOS
Em municípios afetados pela enchente no Vale do Taquari, pessoas privadas de liberdade têm atuado na limpeza de escolas a partir de uma força-tarefa iniciada pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) no dia 6 de setembro.
Até o momento, cerca de 140 apenados de unidades prisionais de Venâncio Aires, Charqueadas, Montenegro, Bento Gonçalves, Guaporé, Encantado, Arroio do Meio e Lajeado já foram mobilizados para auxiliar a população.
A iniciativa é marcada pela cooperação entre a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), por meio da Susepe, e a Secretaria da Educação (Seduc).
A Seduc indicou uma lista com as escolas prioritárias e forneceu os materiais de limpeza necessários para que os apenados pudessem desempenhar os serviços nos espaços.
ESCOLAS MUNICIPAIS
Instituições municipais também receberam o apoio do trabalho de pessoas privadas de liberdade. Em Encantado, os apenados realizaram a limpeza da Escola de Educação Infantil Lago Azul, da Escola de Educação Infantil Pequeno Príncipe e da Escola de Ensino Fundamental Érico Veríssimo.
Em um segundo momento, com o objetivo de retomar a rotina escolar no menor prazo possível, será avaliado o uso de mão de obra prisional para restaurações de pequena e média complexidade nos estabelecimentos. Os apenados também prestam serviços de limpeza e remoção de entulho de vias públicas, postos de saúde, instituições sociais e sedes das forças de segurança dos municípios. Além disso, auxiliam nos centros de distribuição da Defesa Civil, conforme demanda indicada pelos coordenadores locais.