
A filial é responsável pela geração de 787 empregos diretos e mais 1.100 indiretos. Fotos Beira Rio/Divulgação
Nesta semana, fez um mês que cidades do Vale do Taquari foram devastadas por uma enchente histórica e assustadora.
Foram dezenas de mortes registradas, milhares de desalojados e milhões de reais em prejuízos.
Dia após dia, as comunidades vão se reerguendo. Não é fácil, mas o tempo vai ajudando nessa retomada.
Escolas, restaurantes, agências bancárias, farmácias e comércios, aos poucos, estão reorganizando suas rotinas.
BEIRA RIO
No setor industrial, não é diferente. Um exemplo é a filial da Calçados Beira Rio em Roca Sales, um dos municípios mais destruídos pela força das águas.
Inicialmente, a previsão era de que a unidade da empresa calçadista voltasse a operar em 60 dias, depois de ser afetada pela enchente que impactou fortemente toda a região do Vale do Taquari.
Contudo, logo após a declaração do presidente da empresa, Roberto Argenta, em 8 de setembro, de que a Calçados Beira Rio S.A permaneceria na cidade, as quatro diretorias da companhia (Administração, Industrial, Comercial/Marketing e Produto) iniciaram esforços conjuntos para colocar a fábrica de volta à ativa.
Resultado? Em duas semanas a unidade retomava, de forma gradual, por
setor, à sua operação: no dia 25 de setembro (corte), dia 26 (costura), dia 2
de outubro (montagem) e a partir de 9 de outubro, a planta já estará com 100%
de sua capacidade produtiva (cerca de 41 mil pares/dia da marca Vizzano).
REPAROS E MANUTENÇÃO
Paralelamente, durante as
férias coletivas providenciadas aos colaboradores (sendo que muitos deles
também tiveram suas casas alagadas), a empresa mobilizou cerca de 300
profissionais de todos os níveis hierárquicos, provenientes de suas outras
filiais. Eles se deslocaram até Roca Sales, não apenas para atuarem na limpeza,
nos reparos e na manutenção da estrutura (14.400 m²), mas também para estender apoio
a todos que necessitassem.
Concomitantemente,
iniciativas de solidariedade foram implementadas em suporte à população local.
Afinal, a filial é responsável pela geração de 787 empregos diretos e mais
1.100 indiretos, distribuídos em ateliês terceirizados na região, que têm entre
seus clientes a Calçados Beira Rio. Dessa forma, a empresa esforçou-se não
apenas para a continuidade de seus negócios, mas também para manter sua
presença e importância dentro da comunidade local de 10.418 habitantes (IBGE
2020).
Ao mesmo tempo, carretas
carregadas com doações, adquiridas pela própria empresa e também arrecadadas
junto aos funcionários e diversos fornecedores, partiram de Novo Hamburgo em
direção a Roca Sales. Essas doações levaram alento e, quem sabe, um pouco de
alívio para as necessidades mais prementes, como fome, sede e frio.
AMOR AO TRABALHO
Aliás, a iniciativa de reconstruir a unidade é pautada pela visão humanista da liderança da empresa, que reconhece o valor gerado pelo amor ao trabalho e à capacidade ímpar dessa gente, em se dedicar a saber servir não só ao mercado, mas à vida coletiva e em sociedade. “É um povo comprometido, que gosta de trabalhar. E por isso, merecem continuar prosperando e trazendo desenvolvimento à região e, claro, do Rio Grande do Sul”, pontua o presidente, Roberto Argenta.
Além disso, a Calçados Beira Rio preza pela transparência e detalhamento, apresentando dados sobre os
donativos coletados, enviados e distribuídos, por entender que, em situações
simples ou excepcionais, como esta, a união definitivamente fez e faz a
diferença. E aproveita para registrar seu especial agradecimento ao seu quadro
de funcionários, fornecedores, prestadores de serviço, aos servidores
(Prefeitura de Roca Sales), ao Exército do Brasil e até mesmo às pessoas
anônimas que prontamente se disponibilizaram a auxiliar no que fosse preciso.
REINAUGURAÇÃO
Por isso, no próximo dia 13 de outubro, às 10 horas, acontece a cerimônia de reinauguração da filial 12, como é denominada a unidade situada em Roca Sales, que contará com a presença do seu presidente e diretoria, colaboradores da unidade, assim como autoridades regionais, estaduais e federais.
O evento, além de resgatar o sentimento de pertencimento à cidade, é também um momento dedicado a criar um marco, uma importante memória, sendo o ponto de partida para um novo e melhor futuro.