
Após classificar seleção para Jogos de Paris, Renan anunciou desligamento do cargo. Mauricio Val/FVImagem/CBV
Muita gente foi pega de surpresa com a entrevista que o então técnico da seleção masculina de vôlei, Renan Dal Zotto, anunciou sua saída do comando técnico do time após carimbar a vaga para a olímpiada de Paris em 2024.
A mim, por exemplo, foi algo inesperado. O gaúcho alegou pedido de familiares para interromper o trabalho.
A pergunta agora é: quem será o substituto?
A Confederação Brasileira de Vôlei ainda não se manifestou e, enquanto isso, as especulações começam a pipocar. Sonho de todos e vitorioso nato, Bernardinho, penso eu, não deve ser o nome que vai assumir esse cargo.
Mas antes de falarmos do novo comandante, vamos analisar como foi Dal Zotto à frente da amarelinha. Avalio como positiva a passagem do Renan.
Apesar de nenhum título de expressão, como Liga das Nações, Mundial ou Olímpiada, terem sido conquistados, a pandemia e, principalmente, sua internação e quase morte por covid afetaram muito o trabalho.
Por outro lado, Renan promoveu reformulações, trouxe nomes jovens para o convívio com os mais experientes e isso, a longo prazo, pode ser extremamente positivo. Nomes como Lucão, Bruninho estão ainda em alto nível, mas devem deixar de jogar em breve.
Enquanto isso novos nomes como Honorato, Darlan, Adriano precisam acumular essa bagagem e vivência para “estar na ponta dos cascos“ e formar um novo ciclo vitorioso. Tenho certeza que novos títulos virão e, apesar de terem a mão do novo técnico, Renan terá uma parcela significativa nesse processo.
Sobre o substituto, acho que é preciso uma avaliação criteriosa, saber escolher alguém com capacidade de gerir os mais velhos, promover o ingresso dos jovens talentosos e, acima de tudo, ser alguém vencedor por onde passou, seja em clubes ou em outras seleções.
Confesso que não saberia
quem escolher nesse momento. Nos resta aguardar e esperar por novos pódios e medalhas.