A Weber Haus, conhecidíssima cachaçaria que fica em Ivoti, acabou de completar 75 anos de CNPJ. Uma idade que deve ser comemorada com muitos brindes e goles nas mais diversas cachaças, gins, licores, e outras bebidas fantásticas que saem daqueles alambiques.
Há algumas semanas atrás, tivemos o privilégio de bater um papo com o Evandro Weber, sócio-diretor da Weber Haus e a quinta geração que está comandando os alambiques. Claro que histórias não faltam e você pode conferir todas elas na íntegra.
Mas aqui, quero descrever três aprendizados que ficaram marcados em mim. Três coisas que aconteceram na Weber, e que hoje podemos aprender.
A primeira delas é que, apesar da maioria dos livros e consultores tentarem organizar um plano perfeito para os próximos anos, muitas coisas acontecem na vida das nossas empresas que são (e que bom que são) providas do acaso e da oportunidade.
A visão e o coração de quem está à frente de uma empresa deve ser levada em consideração para traçar o rumo da marca. “Sim, Fabio, óbvio.” É, talvez. Mas o que me chamou a atenção na história contada pelo Evandro é que muitas coisas que foram feitas e deram certo não foram planejadas. A coragem de fazer diferente e o sonho de tornar a marca premium levou-os a alcançar grandes voos.
A segunda é sobre exportação. Afinal, a Weber Haus potencializou seus resultados após exportar seus produtos! Todos nós sabemos que, na era da informação impulsionada absurdamente pela internet, podemos colocar nossa marca em qualquer pedacinho desse mundo. E mesmo sabendo que em 90% dos mercados poderíamos ganhar mais vendendo para fora do que para dentro e que nossos produtos/serviços são tão competitivos quanto qualquer outro concorrente internacional, não buscamos maneiras de exportá-los. Razões? Medo, receio, “planejamento estratégico”? São diversos fatores.
O Evandro nos ensinou que apesar de todas as dificuldades, olhar para o mercado internacional pode ser uma das melhores estratégias para alavancar nossas empresas, assim como alavancou a Weber, que hoje está em 32 países.
E a terceira coisa é a força do storytelling. Sim, você sabe que o storytelling é importante para nossa marca e produto. É utilizado por diversas agências na hora de construir uma campanha publicitária. Porém, novamente, pouco utilizamos no dia a dia. Uma reflexão rápida: qual foi a última vez que você contou a história da sua empresa para alguém? Essa história foi escrita e estruturada para que, ao contá-la, os desafios emocionem e as conquistas alegrem? A força do storytelling está nos altos e baixos, na estrutura e no enredo. Construa a sua história de maneira que ela se torne única e verdadeira. Comece pela sua vida, depois sua marca, depois seus produtos. O Evandro nos ensinou sobre storytelling quando, ao invés de simplesmente vender uma cachaça, trouxe um diamante feito a partir do cabelo do Rei Pelé para fazer parte da garrafa! Acredite.
Esses pontos foram os que mais me marcaram. Apesar de que, cada vez que assisto, aprendo algo diferente com a história e os desafios da Weber Haus.
Ficou curioso para escutar o próprio Evandro falando sobre esses pontos?
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